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Balanço mostra 40% das obras à Copa ainda no papel, e ministro usa burocracia para justificar demora

Ministro dos Esportes, Aldo Rebelo,

O ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, apresentou, nesta quarta-feira, o balanço das obras para a Copa do Mundo de 2014 e, de acordo com o documento, 40% delas ainda estão no papel, na fase de elaboração do projeto ou aguardando a licitação. Ainda assim, o parlamentar não demonstrou preocupação e justificou a demora para o início das obras citando os processos burocráticos pelos quais todas elas têm que passar antes de serem aprovadas.

Do total de 101 obras previstas para o Mundial, apenas cinco foram concluídas até agora, e outras 55 estão em estágio de desenvolvimentos, já em construção. Fora essas, outras 41 aguardam algum procedimento burocrático para poderem começar ­ 17 delas esperam a licitação, 15 estão finalizando o projeto e mais nove até estão com a situação regularizada, mas ainda não começaram efetivamente.

Na avaliação de Aldo Rebelo, no entanto, toda essa espera para conseguir que as obras sejam finalmente liberadas para saírem do papel já é prevista no próprio projeto e, por isso, não deve haver atrasos na entrega delas antes da Copa do Mundo.

Dessas obras, nove foram contratadas, mas não iniciadas; 17 estão em licitação; e 15 só no projeto. Das 101 obras previstas, 55 estão em andamento e cinco foram concluídas.

A área de mobilidade urbana é a que tem mais obras paradas. Das 51 previstas, 28 (55%) começaram. O restante (45%) ainda foi iniciado. Mesmo assim, o governo espera que 80% de todas as intervenções previstas sejam entregues até o final de 2013.

“Um total de 68% das obras serão entregues até o fim de 2013 e 17% terão conclusão em 2014, antes da Copa. E o fato de algumas obras estarem no papel não significa um atraso. Para sair da licitação até começar a obra, você tem que se submeter a exigências legais muito duras e isso leva tempo”, justificou o ministro.

Bastante questionado principalmente sobre as obras de mobilidade urbana ­ as mais atrasadas de acordo com o Balanço -, Aldo Rebelo se mostrou tranquilo alegando que o prazo delas será respeitado e chegou até a ironizar os jornalistas durante a entrevista.

“Não sei porque tanta preocupação com obras no papel. Uma coisa tão importante para o país não sai do papel, que é a notícia”, respondeu, em tom de brincadeira.

“A demora é normal porque você precisa atender a um número grande de exigências legais, que vão do Ministério Público a órgãos que protegem o meio ambiente ou o patrimônio histórico. Mas acho que todo planejamento já prevê que essa etapa consome um período grande de tempo, e nada deixa de ser feito por causa dessas exigências”, prosseguiu.

O ministro voltou a reforçar que tem visitado todas as obras e acompanhado de perto o desenvolvimento delas e, por isso, não está preocupado quanto ao cumprimento dos prazos. No evento desta quarta-feira em Brasília, estiveram presentes além de Aldo Rebelo, os ministros do Planejamento, Miriam Belchior; das Cidades, Aguinaldo Ribeiro; da Secretaria Especial de Aviação Civil, Wagner Bittencourt; e da Secretaria de Portos, Leônidas Cristino. Alguns secretários da Copa das 12 cidades-sede também marcaram presença.

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